sábado, 3 de março de 2012

Sinte-PI afirma que professores não vão ficar sem o piso aprovado pelo MEC

A presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Estado do Piauí (Sinte-PI), Odeni Silva, informou na tarde desta sexta-feira (02), que a greve da categoria vai continuar e que o piso salarial do magistério, aprovado essa semana pelo ministério da Educação (MEC), deve ser pago a todos os professores. “A proposta apresentada pelo governo do Estado é absurda, que é de dar o reajuste somente aos professores de classe A (sem curso superior). Historicamente a categoria sempre teve reajuste em todas as classes”, ressalta.

De acordo com Odeni Silva, se o reajuste for repassado somente aos professores de classe A, apenas 8,33% dos profissionais serão beneficiados. “Hoje temos cerca de 24.000 professores no Estado e apenas 2.000 pertencem a classe A, então a proposta do governo não contempla a categoria como um todo”, pontua. A presidente conta que o reajuste aprovado pelo MEC, de 22,22%, é calculado de acordo com o custo-aluno. “O aumento está baseado no custo-aluno, assim como no ano passado, e o governo do Estado do Piauí, juntamente com outros estados, quer calcular o reajuste com base na inflação do período”.

Em entrevista concedida essa manhã, o governador Wilson Martins assegurou que o piso salarial do magistério no Estado será reajustado a partir de maio. Porém, o reajuste ao qual o governador se refere não é o aprovado pelo MEC, mas o que deverá ser votado pela Câmara Federal até o final de março, que calcula os valores de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e deverá aumentar os vencimentos da categoria em 6%. O governador também não informou se o reajuste será retroativo em relação a janeiro, como orienta o MEC.

De acordo com o secretário estadual da Fazenda Silvano Alencar, as equipes da secretaria de Educação e da secretaria de Administração estão fazendo o levantamento para mensurar o impacto que o reajuste vai causar nos cofres do Estado. Nessa quinta-feira (1º), o presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia criou uma comissão para discutir o piso salarial do professor, a fim de que se cheguem a um acordo entre magistério, prefeitos, governadores e Governo Federal sobre a mudanças do cálculo do reajuste anual do piso, passando a adotar o INPC e não o custo-aluno.

Odeni Silva informou ainda que a greve dos professores, iniciada no dia 27, deverá ter mais adesões nos próximos dias. “Vamos continuar parados e com essa proposta absurda por parte do governo, deveremos ter uma adesão ainda maior. Estamos abertos para a negociação, mas uma coisa é certa, ficar sem o piso, nós não ficaremos”, pontua. Na próxima segunda-feira (05) a categoria se reunirá em uma nova assembleia marcada para as 09h, no teatro de arena, e na terça-feira (06) haverá uma nova reunião com o governo do Estado às 10h.

FONTE: http://www.portalaz.com.br/

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