segunda-feira, 16 de abril de 2012

EDUCADORES: SÃO OS JOVENS RESPONSÁVEIS PELA ATUAL SITUAÇÃO?

Um Problema que Merece uma Solução
Falam que os jovens de hoje não sabem nada; saem dos colégios e das universidades sem base sólida, sem quase nenhum alicerce intelectual, confusos, cheios de teorias. Mas é oportuno reconhecer que eles não têm culpa do que está acontecendo com a educação brasileira nos moldes em que se processa atualmente. Se eles não aproveitam bem o curso que fazem é uma consequência da pesada carga de conhecimentos que lhes são impostas, com um número enorme de disciplinas, como se todos estivessem fazendo um curso para serem jovens sábios. Daí a confusão de teorias que não conseguem guardar na memória.
Pra que – pergunto eu – um estudante que pretende, por exemplo: cursar Direito, é obrigado a se aprofundar em álgebra, trigonometria, física, química, botânica, etc? O mesmo problema acontece com os que vão estudar Medicina, Agronomia, Engenharia. O resultado é que os jovens saem dos colégios com uma cultura superficialmente eclética mas não condizente com suas futuras aspirações profissionais. Acresce ainda que os tempos mudaram assustadoramente. Até a década de quarenta, estudar era uma maneira de a pessoa se distrair, de passar o tempo. Hoje, os jovens dispõem de uma série enorme de outras atividades paralelas, próprias da idade, que fazem com que sua atenção se reparta com danceterias, televisão, videocassetes, futebol, shopping, McDonalds, praia, barzinho, e outras atividades sócio-sexuais. Qual é o tempo que sobra para estudar, repassar os assuntos das aulas que tiveram? Mal chegam em casa, deixam os livros e saem para descobrir o mundo.
Já não têm mais tarefas de casa porque os professores não têm mais tempo de corrigi-las, ocupados que estão em dar aulas de manhã, de tarde e de noite para assegurar o pão de cada dia. E, se assim procedem, é porque são mal remunerados, ministram aulas até mesmo mal preparadas, não sobra dinheiro para adquirir novos livros, estudar, preparar as aulas que darão no dia seguinte.
O resultado é o que se vê por aí, como aconteceu no Rio de Janeiro onde dos 15.000 advogados inscritos num concurso para Procurador da Justiça Federal, apenas 48 foram aprovados, "fazendo uma prova múltipla, aquela em que o sujeito, mesmo sem ter certeza da resposta, marca com um x a que acha que é correta". Aconteceu, também no Rio de Janeiro, que precisa de 150 juízes, abrir um concurso para o qual apareceram 574 candidatos, sendo que destes apenas 3 foram aprovados. E qual é o remédio para sanar o problema? Acredito que a diminuição do número de disciplinas iria fazer com que os colegiais tivessem mais tempo para estudar. Uma melhoria no salário dos professores também faria com que eles estivessem menos aulas e mais dinheiro para comprar livros e melhorar o nível do seu trabalho.
Outro motivo responsável pela desatenção dos alunos nas salas de aula seria, a meu modo de ver, o regime misto adotado atualmente por quase todos estabelecimentos de ensino. As mocinhas mais bonitas e os rapazes mais simpáticos fazem com que a atenção dos alunos se desvie do que o professor está explicando, gerando romances, salvo melhor juízo. O assunto merece um estudo técnico mais profundo. A educação brasileira está em crise e é necessário que se faça alguma coisa, antes que seja tarde demais.

LAMENTO MUITO NÃO TER A AUTORIA DO TEXTO ACIMA. DESCULPEM-NOS OS LEITORES E O AUTOR TAMBÉM.

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