domingo, 31 de julho de 2016

REPÚDIO: Começa a jogada do desmonte da educação brasileira

Vejo com grande preocupação a imobilidade de educadores quanto ao óbvio: o atual governo já está se utilizando de seus aliados para detonar a educação pública. Nós, peças fundamentais dessa engrenagem, aqui e ali, de forma tímida ensaiamos algum protesto.

Quando menos esperarmos, as garras da iniciativa privada estraçalhará o sonho de toda uma geração.

À título de subsídio para nossas reflexões, transcrevo a Nota de Repúdio da ADUFRGS-SINDICAL sobre o tema.

NOTA DE REPÚDIO DA ADUFRGS-SINDICAL AO EDITORIAL DO JORNAL O GLOBO


NotaRepudio
A Diretoria do Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (ADUFRGS-Sindical) vem a público manifestar seu veemente repúdio ao editorial publicado pelo jornal O Globo e reproduzido em outros jornais desta rede jornalística, que de forma irresponsável e sofismática usa o argumento da crise para uma defesa forçosa da privatização das universidades federais.
Com o título “Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito”, o editorial, publicado no último domingo (24/07/2016), usa o exemplo da USP, uma universidade estadual paulista, com carreira docente e salários, bem como o sistema de seleção de alunos próprios, para mostrar gastos e justificar que os estudantes poderiam pagar mensalidades. O Globo ignora todas as medidas que deram amplo acesso aos menos favorecidos economicamente às universidades nos últimos anos. Medidas estas, a propósito, sempre combatidas e criticadas pelos veículos de comunicação ligados ao grupo empresarial que edita o jornal.
A Diretoria da ADUFRGS-Sindical reitera a necessidade de ampliar a democratização do acesso às universidades federais gratuitas e de qualidade como saída para o equilíbrio da desigualdade social e das contas públicas, bem como a sua posição contra a extinção de direitos e de políticas sociais historicamente conquistadas, apresentadas como solução para uma crise, cuja causa não é de responsabilidade do povo.
Saídas para a crise devem ser encontradas sem prejuízos à população, através da redução das margens exorbitantes de lucro dos bancos; do combate à sonegação de impostos, endêmica nas grandes empresas; e da taxação das grandes fortunas.

Fonte: http://www.adufrgs.org.br/noticias/nota-de-repudio-da-adufrgs-sindical-ao-editorial-do-jornal-o-globo/

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